pobrezinho!!!

se pudesse respirar provavelmente não o faria, não por nada, só por preguiça, só por avareza, só por destino. e foi então que olhou, não com bons olhos , não com expectativas, mas como olhava a vida, preto e branco, e descartável. sentiu o vento, frio, só, vazio, como as manhã de outono, azuis e verdadeiras, frias e dolorosas. como preder uma parte do corpo, como se o sangue parece , como se as idías me deixassem dormir, como se a chuva não molhasse, como se você fosse educado, como se eu tivesse bons modos. obrigado.

Vacina

Voou tão auto que se não estivesse plenamente dopado seria despedaçado, por volta das 14:37 já não o podia mas ver, Em torno das 17:56 seus movimentos param, se o vaco continuo e negro pudesse falar ,lhe avisaria que seu nariz sangrava, gotas grandes, grosas, lisas, rápidas, firmes , continuas... As 18:43 um sorriso largo o tomou, ao virar seu roto tão lentamente que se passemos com pressa não poderíamos

perceber, banhou-se com o próprio sangue e a aguá do chuveiro, Ele , O chuveiro, O sangue, A água, O box, O ralo, Um dia ele vai poder ser sugado também, mas hoje tem que tomar cuidado para que os tubarões não sintam o cheiro do seu sangue na água. um beijo .

sentidos.

Naquela tarde os ipês não estavam floridos, e as folhas já o haviam deixado a muito. Um passo após o outro, estas seriam as regras corretas, mas o passo era passado, no passado tudo que foi não poderia mais ser . Como os dentes de leões voarem as relações seriam menos sinceros. Naquela noite a lua era pequena, naquela noite andar para trás faria mais sentido. Se sorrir fosse fácil a lua não seria tão triste e a vida nem tão efêmera. Ela só queria nadar, sentir o vento, talvez a fumaça em seus pulmões, talvez o sol o seu rosto, talvez a chuva em suas mãos, era só, mas era feliz, por ser triste, por ser sincera. Sorria por força, gozava por necessidade, sofria por vontade. Se as arvores pudessem falar, pereceriam caladas. A piedade é a qualidade do humano mais cruel. Para a pequena L.

quando os inocêntes se revelam

Carinho.

Nos sonhos, nos pensamentos, nas idéias, nas meditações, no mundo onde nada existe tudo esta em seu devido lugar. Ele era simples, simpático, guerreiro, forte, fiel, mas uma incógnita. Ele fumava tantos cigarros quanto podia, bebia para poder não se rasgar, rasgava-se para poder sonhar, sonhava-se para poder viver. Seus olhas eram sinceros, mas preferia deixá-los fechados, como se não acreditava no que estava acontecendo, quase sempre sabia no que iria dar, mesmo não gostando esperava, talvez um dia as coisas não fosse premeditadas. Não amava, mas sofria. Dentre as qualidades humanas a mais cruel é a piedade. Sentia como se estivesse caído, sem saber exatamente por que e em qual momento se lançou. Naquela manhã ele sorriu, depois sofreu um pouco mais, fumava um cigarro na janela, talvez por querer mais, talvez por sorrir menos. Uma coisa era certa, uma garrafa de presidente o faria infinitamente mais concreto. A casa esta limpa, por falta de dinheiro não comeram carne, comeram soja. Por falta de coragem olhavam-se pouco, por falta de felicidade sofriam muito. Quando a lua cresce e as folhas caem marrons ao chão, os dias são tão pesados quanto chumbo, e os olhos tão carregados quanto o fuzil da mão do vilão. O problema não é ter certeza o problema é a certeza de não ter nada. Ele corria Ele esperava. Ele fingia Ele amava. Ele queria Ele evitava. Ele pulava. Ele deitava. Ele fumava. Ele rasgava. Ele comia. Ele sofria Ele saia. Ele esperava. Ele ligava. Ele ansiava. Ele murmurava. Ele gritava. Ele tinha certeza. Ele só duvidava.

me mandem embora da vida.

Quando os erros e as vidas não nos cabem.
A sorte da vida nos deixou a muito e o vento não é mais quente.
O anjo de olhos claros perdeu seu sorriso e as vitimas de suas chamas ainda ardem.
Assim como um pena jogado da 8° andar, quando me mostrar seus tentes que seja para arrancar um pedaço de mim para ti.
Pois seus olhos não me servem mais, mas as vidas de meus ancestrais são tão medíocres quanto as minha.
Quando a morte não nos interessa mais e quando mais nada acabara.
Nesses dias o pardal marrom festeja seu aniversario e comemora sua solidão nos dias de frio de outono.
Errar a vida e deixar-se errar os dias de nossos pais e de nossos filhos.
Quando morrer espero que não haja memória para não se lembrarem de mim, dos meus sonhos das minhas.
Que morram os poucos sonhadores e as pessoas fingidas, meu dinheiro e já esta a tantos nos dias

Sementes Sonolentas.

Quando os desesperos e as angustias não cabem mais no corpo, que por si só não agüenta mais a carcaça de vida. Nesses dias o vento é mais quente e a chuva é como uma piada de dias tediosos. Talvez ela morresse se segurasse o ar por bastante tempo, talvez ele morresse se fumasse baste, talvez a vida passe tão rápido que o meu fim do mundo chegue amanhã.
Nesses dias os espinhos do murro não podem machucar as crianças, pois elas, elas já nascem com feridas abertas, mal cuidadas, mal saradas, mal amadas, mal educadas, rezo para que os velhos morram e vc venha brincar na minha casa da arvore.