quarta-feira, 9 de maio de 2012
Carinho.
Nos sonhos, nos pensamentos, nas idéias, nas meditações, no mundo onde nada existe tudo esta em seu devido lugar.
Ele era simples, simpático, guerreiro, forte, fiel, mas uma incógnita.
Ele fumava tantos cigarros quanto podia, bebia para poder não se rasgar, rasgava-se para poder sonhar, sonhava-se para poder viver.
Seus olhas eram sinceros, mas preferia deixá-los fechados, como se não acreditava no que estava acontecendo, quase sempre sabia no que iria dar, mesmo não gostando esperava, talvez um dia as coisas não fosse premeditadas.
Não amava, mas sofria.
Dentre as qualidades humanas a mais cruel é a piedade.
Sentia como se estivesse caído, sem saber exatamente por que e em qual momento se lançou.
Naquela manhã ele sorriu, depois sofreu um pouco mais, fumava um cigarro na janela, talvez por querer mais, talvez por sorrir menos. Uma coisa era certa, uma garrafa de presidente o faria infinitamente mais concreto.
A casa esta limpa, por falta de dinheiro não comeram carne, comeram soja. Por falta de coragem olhavam-se pouco, por falta de felicidade sofriam muito.
Quando a lua cresce e as folhas caem marrons ao chão, os dias são tão pesados quanto chumbo, e os olhos tão carregados quanto o fuzil da mão do vilão.
O problema não é ter certeza o problema é a certeza de não ter nada.
Ele corria
Ele esperava.
Ele fingia
Ele amava.
Ele queria
Ele evitava.
Ele pulava.
Ele deitava.
Ele fumava.
Ele rasgava.
Ele comia.
Ele sofria
Ele saia.
Ele esperava.
Ele ligava.
Ele ansiava.
Ele murmurava.
Ele gritava.
Ele tinha certeza.
Ele só duvidava.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário