sábado, 26 de junho de 2010

REFLEXO.


Olhei em seus olhos e me perdi no infinito vazio, procurei por algum vestígio de alma perdido mas não encontrei nada só o vazio, sem desejo, sem vontade, sem alma.Os olhos castanhos e frios, como se não olhassem para nada como se nada mais importasse.
Seus braços quase que sangram gotas brancas de sangue frio como se sua vida estivesse ligada ao vão do infinito, seus olhos perdidos no vacu do céu, me perco, mergulho, desapreço sumindo e quase morrendo perdido na imperfeição do seu corpo,pobre e medíocre.
A vida escorre como seu sangue diluído em sua fé tão solúvel como o pó das cinzas de um vampiro que se apaixonou pela luz do sol, é o sol o que é se não uma estrela media, sem magia, sem ternura, só uma bomba relógio que pode e vai explodir.
O beijo frio de Iscariotes ao encontrar o rosto do Cristo vomita o desespero de ver o fim se apossar de sua sombra e ver em seus olhos a vida de quem amava ser dissolvida pelo ódio e a verdade. Não quis acordar pelo contrario queria que aquele segundo durasse um milênio e que esse milênio fosse eterno como o amor de um coração vomitado e escondido da luz azul da lua.
Mas meus olhos não param de mo olhar, pois não posso sair da frente do espelho perdido no meu próprio vazio só, mas quase feliz. E como Iscariotes nada mais me resta senão ... mas isso não importa por que um coração vomitado não pode amar nem ao menos o chão frio e vazio que se encontra perdido nos meus olhos.
Por: DOUGLAS Iscariotes

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